Medo do Desconhecido

    Conta uma lenda que, certo dia, um espião foi preso e condenado à morte. A sentença dada era o fuzilamento, mas o general – um homem de hábitos pouco comuns – sempre oferecia ao condenado duas opções: o pelotão de fuzilamento ou entrar por uma porta preta.

    Quando a hora da execução se aproximava, o general ordenou que trouxessem o espião a sua presença para uma breve entrevista. Diante do condenado, fez-lhe a seguinte pergunta: e então, o que você prefere: a porta preta ou o Fuzilamento?

    O prisioneiro ficou pensativo. Afinal, a escolha não era fácil. Depois de um longo silêncio, respondeu:

Prefiro o fuzilamento!

Quando a sentença já tinha sido executada, o general virou-se para seu ajudante de ordens e disse:

-- Assim é com a maioria dos homens. Preferem o conhecido ao desconhecido.
-- E o que existe atrás da porta preta? Perguntou o ajudante.
-- A liberdade, respondeu o general. Mas poucos foram os homens corajosos que a escolheram.

Geralmente, as pessoas não abrem mão da acomodação que uma situação previsível lhes oferece. É mais fácil ficar com a segurança do que já se sabe, que se aventurar a investigar diferentes possibilidades.

    Pense nisso! Nem sempre, o caminho trilhado por muitos é o que conduz à liberdade. Nem sempre, nadar a favor da correnteza é indicio de chegada a um porto seguro. Às vezes, é preciso abrir trilhas, ainda desconhecidas da maioria, mesmo que, para isso, fiquemos sós. Com freqüência, torna-se necessário nadar contra a correnteza, optar pela porta estreita e, assim, vislumbrar um novo mundo. Livre dos constrangimentos que tolhem a liberdade e impossibilitam a felicidade.

Moral da história – essa é uma das mais fortes características do ser humano: optar sempre pelo caminho conhecido, por medo de enfrentar o novo. 

Mário W.