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Deixei que meu ego pedisse mais uma chance, talvez a ultima.
E ele me pediu para ter voce novamente.
Meu coracao aceitou,
Minha razao negou.
E agora nao sei a quem atender.
Enquanto isso, nao sei quem sou nem como agir.
Pedi conselhos ao vento, mas ele dancava e assoviava tanto que nem pude entender sua resposta.

Pedi conselhos ao passaro, mas baixinho ele ma pediu para que eu perguntasse a serpente, pois ele ninava carinhosamente seus filhotes em seu ninho.
Entao perguntei a serpente, ela se recusava a responder por ter errado uma vez.
Seguindo meu caminho, e cansada de tanto procurar ajuda, descalcei-me e ajoelhada na mais alta das rochas olhava firmemente para o por-do-sol no infinito do mar, pronta para desistir, quando o sabio mar ergue-se em ondas e me respondeu, sem que ao menos tivesse lhe perguntado:

“Procure saber a origem de suas lagrimas. E quando em fim tomares uma decisao, jamais consulte seu passado, pois cada vez que o fizeres, aumentara em suas lembrancas o tormento da dor, do medo, da desilusao e de tudo que te leva a regressao. Toda resposta esta em suas lagrimas.”

Ao dizer estas palavras, foi se embora, derramando suas aguas para o infinito, como minhas lagrimas.
Entao, eu descobri que a resposta e muito muito mais dificil do que esperava, afinal nao sei quando nem porque choro, e sei menos ainda se mihas lagrimas vem do coracao ou da razao.

Alexandra Pereira