Triste é passar as tardes sozinhas, escrevendo saudades de alguém que muito se amou.
Triste é chorar em época de festas e não ter ninguém para dançar.
Triste é não ter um violão amigo para testemunhar a presença da solidão.
Triste é sorrir por acaso, é escrever poesias na hora certa ao homem errado.
Triste é flutuar nas próprias lágrimas, é afundar na depressão, é deixar que o próprio ego se arraste no chão.
Triste é sentir o vazio depois do prazer.
Triste é não conhecer um paizão e ser apenas reconhecido por mágoas depositadas a juros em cada departamento de minhas lembranças.
Triste é fingir que foi agradada só para não decepcionar, é suportar a dor durante anos,é pedir desculpas ao ser humilhado, é sorrir só ser esnobada, é exaltar ao ser escolhida por justa sobra.
Triste é ser apenas um corpo ne meio da turma.
Triste é esperar por algo que não se sabe o que é, nem se existe.
Triste é não ser aceita em minhas próprias decisões, é auto-destruir-se.
Triste é saber que o tempo passa e está se perdendo tempo, tempo que não vai voltar nunca mais.
Triste é saber que não se está se vivendo como deveria para alcançar o máximo de momentos felizes.
Mas e daí, quem se importa se estou triste?
Mas quem teria a ousadia de me olhar, e ver através desse meu sorriso mascarado, como realmente sou e providenciar socorro?
Mas triste mesmo é ter vivido a maior parte da minha vida, envolta em tristeza.
E tristeza é só isso que acabo de escrever.
Alexandra Pereira