Adote um comportamento positivo

mi_1559861362414024E evite o stress no amor o poder da atitude a favor do relacionamento

Fernanda Dannemann A melhor de todas as estratégias para que o estresse do cotidiano não estrague sua vida amorosa é a transparência”, aconselha Laís Novaes. Abrir-se com o(a) parceiro(a), usufruir a confiança do outro e entregar-se, fortalecendo os laços da cumplicidade são atitudes que a psicóloga considera positivas em momentos de crise.

Em vez de dar asas ao mal-humor e às discussões, experimente transformar a crise numa oportunidade para estreitar os laços afetivos que ligam vocês e, assim, melhorar a qualidade da sua relação: Veja, em seguida,como lidar com os fatores mais comuns que costumam provocar o stress na relação amorosa. Para cada uma dessas situações identificamos um comportamento positivo e outro negativo. Evite o que faz mal e promova o bem estar do seu relacionamento.

Crise financeira: esta é uma das situações estressantes que mais põem em risco a saúde de um relacionamento amoroso. Quem passa por isso deve se lembrar que quase todas as pessoas no mundo, enfrentam esta mesma situação e que se acomodar não vai resolver o problema.

Comportamento negativo: discutir por causa de dinheiro ou cobrar mais competência daquele que está enfrentando as dificuldades.

Comportamento positivo: não culpar o parceiro(a) por suas dificuldades, não agir como se ele(a) valesse a quantia que tem (ou não tem) no Banco, usar a imaginação para se divertir sem gastar.

Doença ou morte na família: outra situação-limite, altamente estressante, também capaz de romper relacionamentos sólidos.

Comportamento negativo: não compreender a profundidade da dor daquele que está sofrendo, esperar que ele(a) supere rapidamente o trauma, não valorizar as suas necessidades emocionais e não aceitar a fragilidade do momento.

Comportamento positivo: deixá-lo(a) expressar seu sofrimento, saber ouvir e ser carinhoso(a). Apoiar o(a) parceiro(a) incondicionalmente.

Desemprego: afeta o relacionamento não só pela questão monetária, como, também, pela sensação de desamparo e de inferioridade. Quem passa por isso deve canalizar esforços para reverter a situação e fazer da relação afetiva uma fonte de apoio que possa motivar o(a) parceiro(a) a reverter o quadro.

Comportamento negativo: cobrar (verbalmente ou não) que o(a) parceiro(a) tome uma atitude e arranje logo um emprego - a menos, é claro, que ele(a) não queira trabalhar. Mas isso já é outra história...

Comportamento positivo: apoiar o(a) parceiro(a), compreender suas dificuldades e temores, ajudá-lo a buscar soluções. Expressar amor e apoio nesta situação é a melhor forma de motivá-lo(a) a reverter este quadro.

Mudança de cidade: as mudanças de hábitos e de rotina, mesmo quando para melhor, exigem um período de adaptação. Mudar de cidade significa recomeçar e exige cumplicidade entre os parceiros. Pode fortalecer os elos de ligação entre os parceiros. Negativamente, tem o efeito contrário.

Comportamento negativo: não agir de forma a adaptar-se à nova vida, alimentar saudosismo, culpar o(a) parceiro(a) pela situação. Ficar comparando os lugares e valorizando o que não está presente.

Comportamento positivo: fortalecer a cumplicidade e a amizade, tornar a vida alegre na nova cidade, fazer turismo e descobrir a dois o que há de bom no lugar. Sentir a mudança como uma oportunidade de renovação e fortalecer os laços entre os parceiros.

Conflitos familiares: relacionar-se com uma pessoa também significa relacionar-se com a família dela, ainda que seja de tempos em tempos. E para que o relacionamento não enfrente problemas, a convivência com a família do(a) parceiro(a) deve ser, no mínimo, civilizada. Principalmente, se houver conflitos familiares paralelos à relação.

Comportamento negativo: alimentar as discórdias, não fazer nenhum esforço para que as relações sejam boas e tentar colocar o(a) parceiro(a) contra a família (seja a dele ou a sua).

Comportamento positivo: fazer vista-grossa pra provocações, o que, em outras palavras, é desenvolver a neutralidade e não se deixar contaminar pelos conflitos. Agir educadamente, não se queixar para o(a) parceiro(a). Manter distância da família,sem se afastar completamente.

Dificuldades no trabalho: diante do crescente desemprego, o medo de perder o emprego já faz parte do cotidiano das pessoas. As empresas exigem cada vez mais dos seus funcionários e o estresse costuma vir a tiracolo. O ideal é não fingir que a preocupação não existe, mas sem deixar-se sucumbir: assim, você não compromete os outros aspectos da sua vida.

Comportamento negativo: discutir, cobrar atenção do(a) parceiro(a), dizer que ele(a) só se preocupa com o trabalho. Minimizar os seus medos e não saber apoiá-lo(a) conversando sobre os seus sentimento.

Comportamento positivo: entender as naturais preocupações do(a) parceiro(a), conversar com ele sobre o assunto e, naturalmente, sem forçar a barra, desviar sua atenção para outras coisas. Se não for possível, permita que ele(a) se saia com amigos ou se afaste quando sentir vontade: muitas vezes o que ele(a) quer é mesmo ficar sozinho(a) com seus pensamentos. Deixe que ele(a) viva o seu processo interior sem pressões ou cobranças.

Dificuldades no próprio relacionamento: se você tem sentido necessidade de ficar em silêncio (ou de ter momentos de solidão), o melhor é dizer isso ao parceiro(a) antes que acabe descontando na relação. Se o problema for outro e você estiver questionando seus sentimentos, um afastamento temporário pode ser a melhor solução. Cuidado apenas para o modo como fará isso: escolher as palavras certas e o melhor momento é fundamental, para que o(a) parceiro(a) não se sinta ferido(a) e possa passar por este momento sem se contaminar pelo seu estresse.

Comportamento negativo: discutir, brigar, buscar culpados. Acusar o(a) parceiro(a) pela crise no relacionamento. Fazer joguinhos e alimentar a insegurança ou a ilusão do outro.

Comportamento positivo: conversar com honestidade e respeito sobre os seus sentimentos. Deixar que a outra pessoa perceba que você está precisando se afastar um pouco para avaliar o que sente. Faça isso sem agressividade, com carinho, pedindo apoio ao parceiro(a) e se comprometendo a apoiá-lo(a) a fazer o mesmo para que os dois possam fazer uma avaliação da relação.